terça-feira, 28 de dezembro de 2010

The Velvet Underground

        Durante essas semanas de férias, estive sempre pensando em algo bom pra postar. Infelizmente, nada me vinha à cabeça. Eu já estava surtando. Por sorte, pensei numa banda que descobri esse ano, mas que tem uma longa história. Ela foi, sem dúvida, uma das melhores bandas que já existiu e hoje é uma das minhas favoritas. É o The Velvet Underground

The Velvet Underground

           A banda surgiu em Nova Iorque, Estados Unidos, em 1964. Composta por Lou Reed (vocal e guitarra), Sterling Morrison (guitarra), John Cale (baixo), Doug Yule (substituto de Cale), Nico (vocal), Angus MacAlise (bateria) e Maureen Tucker (substituta de Angus), o Velvet se caracterizava por um estilo experimental. Esse estilo particular, pouco comercial pra época, fez com que a banda tivesse pouco reconhecimento do público. Apesar disso, a banda é citada até hoje como essencial na história do rock. 
           O caráter experimental do Velvet Underground se deve principalmente ao contato com artistas vanguardistas da época, em especial Andy Warhol, considerado mentor intelectual e financiador do grupo. Alguns dizem, entretanto, que a influência de Warhol sobre o grupo é superestimada. Grande parte das letras do grupo já estariam prontas mesmo antes do contato com o artista, de forma que Warhol nunca teria influência sobre os temas abordados. O seu "pitaco" na música do Velvet seria, então, apenas a convivência com Lou Reed. 
            Além da sutil influência na música, Warhol é protagonista de um importante episódio na história do Velvet Underground: A inclusão de Nico como vocalista no álbum de estreia. Warhol forçou a entrada da modelo e cantora alemã, mesmo contrariando o resto do grupo. Como protesto, o álbum foi denominado Velvet Underground & Nico, excluindo, portanto, a cantora.
            O álbum de estreia, o Velvet Underground & Nico, lançado em 1967, é conhecido pela banana na capa, feita por Andy Warhol e também pelos temas vanguardistas de suas canções, que incluem prostituição, sadomasoquismo, drogas e até ocultismo. O disco vendeu pouco, mas há uma lenda que diz que quem o comprou montou uma banda após ouvi-lo (Iggy Pop, David Bowie e Joy Division são alguns exemplos).

A banana, por Andy Warhol

                O segundo álbum, o Whitle Light/White Heat, lançado em 1968, marcou o desligamento entre Warhol, Nico e a banda. Tão ousado e barulhento quanto o antecessor, também marcou a saída de John Cale, o responsável pelos apelos experimentais. Após isso, Lou Reed assumiu o cargo de líder. 
               O terceiro álbum, homônimo, lançado em 1969, possui canções mais acústicas e introspectivas que as dos álbuns anteriores. 
               Em 1970, o Loaded foi lançado. Último álbum com Lou Reed, que sai da banda em 1971. Três das canções mais famosas da banda estão presentes no álbum. São elas: Who Loves The Sun, Sweet Jane a Rock and Roll.
             Após o Loaded, a banda até lançou um LP, o Squeeze, mas ele sequer é considerado parte de sua discografia original. 
             Em 1993, a banda se juntou para alguns shows, que gerararm o álbum duplo Live MCMXCIII, com as principais músicas da carreira da banda. 
                  
                 Conheci a banda quando fiz a postagem Do It Yourself, sobre punk rock. O estilo experimental do VU e a mistura de temas políticos fazem da banda uma influência a várias outras. O som é bastante diferente. Vale muito a pena ouvir. 

sábado, 2 de outubro de 2010

Dinosaur Jr.

           Voltei! Mas não por muito tempo. Já tava sentindo falta de escrever e, ultimamente, o blog tem ganhado mais seguidores (que não são meus amigos) e isso me animou de novo. Mas vamos ao que interessa hoje: DINOSAUR JR.!

Dinosaur Jr.

         Dinosaur Jr. é uma banda de rock alternativo que se formou em 1984, em Massachusetts, Estados Unidos. Ainda sem o "Jr.", o grupo começou com Low Barlow e J. Macis. Macis mudou de instrumento com a entrada de Emmet Murph, deixando a bateria e assumindo a guitarra.
        O primeiro disco da banda, Dinosaur, foi lançado em 1985. A música que o grupo apresentou no álbum era bastante eclética, advinda da mistura de vários gêneros musicais: punk, hardcore, garage rock, metal, folk rock, country rock e gótico. Ao invés de misturar tudo em uma música só, o grupo fez cada música com um estilo diferente e associou-as ao extremo volume e distorção - o que viria a ser marca da banda mais tarde. As composições foram feitas por Macis, que chegou até a cantar algumas canções com seu sotaque nasal (comparado à Neil Young), mas foi Low quem cantou a maioria. O álbum não fez muito sucesso comercialmente, vendendo apenas 1.500 cópias no primeiro ano. 
       Depois do lançamento do álbum, o Dinosaur (ainda sem o Jr.) foi a New York City para realizar alguns shows. Os primeiros a se impressionarem com o desempenho do Dinosaur foi o Sonic Youth, que os convidaram para a turnê no nordeste e centro-oeste dos EUA, em 1986. No final desse ano, a banda hippie The Dinosaurs processou o grupo, que acabou mudando o nome para Dinosaur Jr. 
       Em 1987, o Dinosaur (agora com o Jr.) assinou um contrato com a gravadora independente SST e lançou o aclamado You’re Living All Over Me. Além de obter destaque na cena underground, o disco fez sucesso entre a crítica e entre algumas bandas. No início de 1988, a banda lança o single Freak Scene, que refletia o espírito underground americano pós-punk da época, e acabou abrindo espaço para outro aclamado álbum.
         Bug foi lançado ainda em 1988 em meio ao aumento de popularidade da banda. Apesar disso, começaram a surgir algumas tensões no grupo, principalmente entre Macis e Barlow que mal se falavam. Em 1989, Macis diz para Barlow que a banda acabou, o que era apenas um pretexto para formar um novo Dinosaur Jr. sem Barlow já no dia seguinte. 
         Ainda em 1989, a banda lança mais um single, uma cover do The Cure, Just Like Heaven. No ano seguinte, a banda assina contrato com a sua primeira grande gravadora: Sire Records
       Green Mind, o terceiro disco do grupo, sai em 1991. O disco foi quase todo gravado por Macis, que tocou todos os instrumentos (exceto bateria). O estilo eclético e variado do álbum não agradou a crítica e, durante a turnê, o Dinosaur Jr. foi ofuscado pela banda que abria seus shows: o Nirvana
        O rock alternativo explode, mas isso, ao invés de ascender o Dinosaur Jr., fez com que a banda sumisse após o lançamento do EP Whatever’s Cool With Me, no início de 92.
        A banda só reaparece em 1993, com o álbum Where You Been. O novo disco foi beneficiado pela cena alternativa da época, figurando na Billboard e vendendo 500 mil cópias. Macis foi tido como um dos principais nomes do rock da época e o single Start Choppin foi hit nas paradas norte-americanas. 
       Ainda nesse ano, as brigas voltam a acontecer, dessa vez entre Macis e Murph. Um pouco antes do lançamento do próximo disco, Murph sai da banda e ingressa no Lemonheads. O lançamento do Without A Sound, em 1994, repete o sucesso do Where You Been, parte devido ao videoclipe inovador do single Feel The Pain.


Feel The Pain, Dinosaur Jr.

        Em meio a trabalhos paralelos, o Dinosaur Jr. lança o Hand It Over em 1997, considerado o melhor trabalho de Macis em vários anos. Entretanto, apesar de considerado bom pela crítica, o disco não teve nenhum hit e acabou sendo ignorado pelo público. Pouco tempo depois, Macis anuncia o fim do Dinosaur Jr. 
         Em 2000, Macis volta a ativa com um segundo trabalho solo (juntamente com Kevin Shields, My Bloody Valentine e Bob Pollard, Guided By Voices) e com algumas raridades do Dinosaur Jr. no Live At BBC
        Em 2007 a banda volta com sua formação original (Macis, Barlow e Murph) e lança o Beyond, disco que foi bem aceito pelos fãs. Em 2009, é lançado o décimo álbum da banda, Farm, o qual foi bem aceito pela crítica, ficando em 39° entre os 50 melhores álbuns do ano.



       Eu não sou lá qualificada pra falar da banda, mas há tempos eu não ouvia algo tão bom assim. Já tinha lido muito sobre no Popload, mas só depois de ouvir o Farm notei o que eu estava perdendo; este, então, se tornou meu álbum favorito, e as canções Said The People, Pieces e Plans são minhas favoritas. 
         Post pra Harry, que me deu coragem pra ouvir Dinosaur Jr. 
          

sábado, 21 de agosto de 2010

Premiações Musicais

           Todo ano, a MTV Brasil (a norte-americana e a europeia) fazem premiações musicais a fim de valorizar os artistas e as músicas, os chamados VMBs, VMAs e  EMAs. 
        As escolhas, há algum tempo atrás, eram feitas por especialistas mas, ultimamente, é feita por voto aberto para o povo, em votações online. As categorias e os indicados variam de acordo ao que está em evidência e o que faz sucesso. Entretanto,  existem as categorias fixas, como Artista do Ano, Hit do Ano e Revelação
        O intuito de tais premiações é válido, ou seja, premiar o que é bom. Mas, infelizmente, não é o que acontece. O voto aberto dá mais espaço pra'quilo que só faz sucesso, ou melhor, pra'quilo que não é exatamente bom e digno de receber um prêmio tão importante, que representa um país inteiro (e no caso do EMA, um continente).
     Tomemos como exemplo o VMB desse ano. São 16 categorias, sendo que 3 delas não são exatamente sobre música (Webhit, Webstar e Game do Ano). Os indicados variam entre Restart-Cine-NxZero, ou seja, aqueles que fazem sucesso. O porque disso é simples: ninguém assistiria o VMB se Restart perdesse, por exemplo, na categoria Artista do Ano. Pronto. 
       Triste, não é? A categoria Clipe do Ano, por exemplo, possui 10 indicados sendo que, no máximo, 3 deles são dignos de estar lá (o clipe de Skank mesmo, Noites De Um Verão Qualquer é excelente); quanto aos outros 7 indicados, temos Restart, NxZero e Cine (maravilha albertô!).
         Infelizmente a MTV, a mesma que é a casa da música, está deixando de lado o bom gosto que sempre teve pra dar lugar à comercialização musical que, como sabemos hoje, é quase que um cemitério pra boa música. Eu não quero passar vergonha alheia assistindo ao VMB desse ano, e você?





A MTV quer nos matar de vergonha alheia.
           

         Veja as categorias e os indicados aqui.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Criticando Coloridos


            Quem tem Twitter sabe que hoje tem-se uma guerra entre "coloridos" e aqueles que gostam de rock "de verdade". Várias e várias pessoas xingando muito no Twitter (literalmente) e abominando totalmente a nova moda nacional do rock alegrinho. 
        Mas o que me fez mesmo escrever esse post foi o clipe novo do Strike, uma banda nacional de meio-sucesso. O clipe seria como qualquer outro, se a reportagem não tivesse escrito: "Novo clipe do Strike critica 'coloridos' e 'sertanejo universitário'".
          Não tive escolha a não ser ver o clipe. E não foi ruim. Dirigido por André Vasco e co-dirigido por Marcos Mion, o vídeo é mesmo uma paródia daquele clipe do Blink 182 em que eles aparecem imitando as modinhas da época, o Backstreet Boys e a Britney Spears
           Vejam o clipe e deem seu veredicto.



A Tendência, Strike
 Posso ser triste, emotivo
Alegre ou deprimido
Mudo até você me aceitar
Eu posso ser um nerd assumido
Ou fashion colorido
O que importa é alguém comprar

             A letra da música critica até os emos. Só eu gostei disso tudo?

                Letra Completa
              
               PS: Nem a Lady Gaga ficou de fora.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

The Libertines



              Aqui estou para falar de uma banda que tenho ouvido muito e que, para muitos, representa um clássico do rock: The Libertines.  

The Libertines

            The Libertines é uma banda de rock britânica formada em 1997 por Pete Doherty e Carl Barât. É envolta em confusões, muitas causadas pelo vocalista Doherty, que vive fugindo de clínicas de reabilitação. Juntamente à Doherty e Barât, temos o bateirista Gary Powell e o baixista John Hassall, ditos "figurantes" na banda. 
             O álbum de estreia dos Libertines, o Up The Bracket, foi lançado em 14 de Outubro de 2002, sendo relançado em setembro do ano seguinte com uma faixa a mais, What a Waster, e com um DVD com vídeos promocionais das canções Up The Bracket, Time For Heroes e I Get Along. As músicas do disco foram escritas por Pete e Carl, cujos assuntos principais são drogas, amores e a conturbada relação entre os líderes da banda.
          O segundo álbum da banda, The Libertines, assim como o álbum de estreia, foi produzido pelo ex-guitarrista do The Clash, Mick Jones e o  engenheiro de som, Bill Price, gravou clássicos como o London Calling do próprio Clash. Foi lançado em 30 de Agosto de 2004 e é o último álbum de estúdio da banda.
           No mesmo ano de lançamento do último álbum, Pete Doherty anunciou sua saída da banda devido às brigas cada vez mais constantes. Apesar disso, Doherty e Barât vivem se encontrando e se separando, tocando juntos, ou não mais. 
           Os Libertines se inserem no movimento "quanto mais simples, melhor", o que garantiu certo espaço na cena internacional. O álbum homônimo é um exemplo fiel disso, tendo vocais desafinados e guitarras estridentes. 
          Além de um estilo diferente de fazer música, as brigas e confusões de Doherty chamaram a atenção da mídia e colocou a banda nos holofotes.     

Doherty cantando What Katie Did

        Libertines é uma ótima banda. O vocal é totalmente desafinado e arrastado, dando a impressão que Doherty tá bêbado enquanto canta. Não é nada "perfeitinho", é quase como se a banda tocasse ao vivo. Gosto bastante do álbum homônimo e What Katie Did é minha música favorita. 
         Depois de sair da banda, Pete Doherty "fundou" o Babyshambles e lançou um álbum solo em 2009, o Grace Wastelands. Além disso, Razorlight, Dirty Pretty Things, Yeti e The Chavs são bandas formadas pelos integrantes do Libertines. 
               

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tá a fim de ouvir um Francisco Ferdinando?

            Você conhece o Francisco Ferdinando? Aquele tio austríaco que foi assassinado em 1914 e provocou a Primeira Guerra Mundial? Não? Sim? Ou a pergunta seria: O que isso tem a ver? Apresento-lhes aqueles que mesclaram história e música: Franz Ferdinand.

Franz Ferdinand

            Franz Ferdinand é uma banda de rock alternativo formada em Glascow, Escócia, em 2002. Composta por Alex Kapranos (vocal e guitarra), Nick McCarthy (guitarra e backing vocal), Robert Hardy (baixo) e Paul Thomson (bateria), chegou ao sucesso em 2004 após ter ganho o prêmio Mercury Music Prize. O estilo da banda inclui ritmos dançantes do Indie Rock da década de 2000 e influências de bandas da década de 80, principalmente The Talking Heads.
           A curiosidade é o nome da banda, realmente inspirado no arquiduque  austríaco Francisco Ferdinando, cujo assassinato por extremistas sérvios causou a Primeira Guerra Mundial. Reza a lenda que Alex Kapranos é um cara chegado em História. 
        O álbum de estreia, homônimo, lançado em 2004, teve Take Me Out como primeiro single, o qual atingiu o terceiro lugar nas paradas britânicas. A contínua repetição do vídeo da música na MTV e as turnês levaram o álbum para a posição 32 na Billboard. Suas vendas superaram um milhão nos Estados Unidos.
          A pressa para a produção do novo álbum foi contestada, mas o segundo disco da banda, o You Could Have So Much Better, lançado em 2005, não deixou a desejar. Chegou a ser considerado tão bom quanto o primeiro, ou melhor até. Do You Want To, Walk Away, The Fallen e Eleanor Put Your Boots On foram os singles do disco, todos com boas colocações nas paradas mundiais.
       Em Janeiro de 2009 a banda lança o terceiro disco, o Tonight: Franz Ferdinand, aquele que, segundo Kapranos, seria mais voltado para a música eletrônica. O disco é puxado pelo primeiro single, Ulysses, que atingiu maior sucesso na Espanha e Japão. No You Girls, segundo single, fez sucesso nas rádios e foi a canção escolhida pela banda para tocar no VMB do mesmo ano. Can't Stop Feeling e What She Came For foram os outros singles do disco.
          Apesar do sucesso das músicas de autoria do grupo, o Franz Ferdinand é famoso pelas inusitadas covers. Segue abaixo a cover que a banda fez de Womanizer, Britney Spears
           
Womanizer, Britney Spears cover
           
       Eu ia postar os clipes de Ulysses e Walk Away, duas das minhas favoritas, mas tá difícil de achar uma boa alma que autoriza a incorporação de vídeos. Uma dica são os clipes da banda, sempre bons. E outra dica é uma das músicas mais tristes que já ouvi, Auf Achse, muito boa também. Então, enjoy (Ou não).
          PS: Eles conseguem melhorar até uma música da Britney Spears (:

segunda-feira, 5 de julho de 2010

New Wave


        Não postava há tanto tempo assim por falta de tempo (e ânimo). Agora que o sufoco das aulas foi embora, voltarei à ativa. E o tema, dessa vez, vai ser New Wave, à pedido de Luis

The Cure, um ícone do New Wave

       O New Wave surgiu na década de 70, junto ao Punk Rock. Tais gêneros eram sinônimos até o New Wave se tornar um estilo totalmente independente. Engloba músicas experimentais, eletrônicas e disco e, já nas décadas de 1990 e 2000, novos gêneros surgiram inspirados neste.
        O termo New Wave teve vários significados de início. Além da associação ao Punk, o nome foi usado para denominar bandas punk que assinaram contrato com suas gravadoras e que tocavam no CBGB, em Nova Yorque. 
     Acredita-se que o gênero surgiu no final de 1976, na Inglaterra, quando diversas bandas começaram a se afastar do punk. Os que seguiam a linha de baderneiros e bandas de garagem (como o Sex Pistols) eram punks; os que iam para uma linha experimental e de produção mais elaborada, eram caracterizados como New Wave.
      A banda responsável pela definição do estilo naquela época, os Talking Heads, representou uma ruptura com o blues da década de 60 para o novo rock da década de 70, adquirindo uma sonoridade mais rápida e agitada, já que os guitarristas do New Wave tocavam mais rápido que o comum.
       Tal estilo foi também associado ao Power Pop, gênero que surgiu no início da década de 70 e com o qual possuía semelhanças. Bandas como Cheap Trick e The Romantics são exemplos do New Wave/Power Pop.
       Mais tarde, o New Wave passou a implicar um gênero menos ruidoso, sintetizado com o som pop. Daí, surgiu o termo Pós-punk que representavam bandas mais darks e com a sonoridade mais distante do Power Pop, como Joy Division e The Cure
       Bandas hoje conhecidas no cenário Indie e pop assumem que suas influências giraram em torno do New Wave, Power Pop e Pós-punk. Franz Ferdinand, Interpol e The Strokes são algumas delas.
           

            Veja também A Letter To Elise, The Cure.
            Então é isso, comentem (:

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Do It Yourself

        O Punk Rock surgiu no meio da década de 70 nos Estados Unidos da América, inserida no movimento cultural de mesmo nome. O lema DIY (Do It Yourself), ou o Faça Você Mesmo, exemplifica o que seriam músicas simples (três ou quatro acordes cada), rápidas e agressivas; as letras abordam assuntos políticos, niilistas, anarquistas e revolucionárias. O visual foge totalmente dos padrões da moda e as atitudes destrutivas são marcas do punk.
        A música punk, apesar de ter raízes na década de 70, teve nomes que iniciaram sua trajetória já na década anterior, com suas atitudes agressivas e destrutivas associadas aos temas políticos abordados nas canções, tal qual o Velvet Underground e o Stooges, que foram grande influência para os punk rockers mais tarde. 
              
Velvet Underground

      Na década de 70 surge então várias bandas já inseridas totalmente no movimento punk. Entre elas, Ramones, claro. O início de tais bandas esteve associado ao fato de tocarem em bares locais, sendo o CBGB, em New York, o mais famoso e considerado o berço do punk rock. 
       Em 1977 tem-se então o ano do punk. Surgiram novas bandas, lançaram-se novos compactos, o Clash lançou seu primeiro álbum, os Pistols o Never Mind The Bollocks, o Ramones o Rocket To Russia; tal álbum do Ramones ésegundo muitos, o melhor álbum da banda, sendo revolucionário, com melodias simplíssimas e uma velocidade nunca antes vista; apesar de ter sido grande influência para outras bandas punk, o álbum não foi um sucesso completo de vendas. 
     O fim de 1977 trouxe também a decadência do movimento. A maioria das bandas acabavam ou mudavam de estilo, migrando para o New Wave, uma versão mais doce e comercialmente viável do punk. Apesar disso, é em 1979 que London Calling é lançado, o clássico dos clássicos do Clash. 


London Calling, The Clash

       Algumas bandas punk: Ramones, Velvet Underground, Stooges, Sex Pistols, The Clash, Patti Smith, Talking Heads, Bad Religion, Runaways. 

I Wanna Be Sedated, Ramones

É isso. Enjoy.

domingo, 9 de maio de 2010

Voltando no tempo

       Quem é que não para pra escutar aquelas músiquinhas bregas nostálgicas de vez em quando, hein? Aquelas baladinhas dos anos 80, 90, e até mesmo 2000. Hoje mesmo, fiz uma lista de umas dez, e comecei escutar aqui, é uma sensação ótima, parece que realmente estamos vivendo aquele tempo de volta, em que seu parente mais velho escutava essa música e você meio que 'sem querer' acabava escutando e gostando também. Bem, chega de papo, aqui estão algumas, aproveite sua tarde de sábado ou domingo entediante, e divirta-se:




The Outfield - Your Love


Dire Straits - Romeo and Juliet


George Harrison - My Sweet Lord


The Cure - Boys Don't Cry

domingo, 25 de abril de 2010

B-sides

      Você, que tem o álbum 'greatest hits' aí acha que conhece 'o principal' uma certa banda, está enganado. Quem é fã, ou conhece toda a discografia de uma banda, sabe que todas as bandas tem aquela b-side que por motivos que nunca descobrimos, não fazem parte dos álbuns principais. (E nós, pobres fãs, sonhamos com uma versão ao vivo delas, que ás vezes nunca sai).
        Embaixo, um b-side que pra mim é uma das melhores (se não a melhor) música do Oasis, e uma outra excelente do Arctic Monkeys:

Shout It Out Loud, Oasis

No Buses, Arctic Monkeys

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bandas Alternativas [#02]

            Há uns dias atrás, tomada por um desejo de músicas novas, baixei algumas bandas alternativas brasileiras. Dentre as várias que baixei, três merecem destaque: Lafusa, Os Dissonantes e Velhos e Usados. 

          Lafusa é uma banda de indie rock do Distrito Federal que mescla rock com MPB. A influência da MPB está evidente no nome da banda, derivado do disco "Vinícius de Moraes en 'La Fusa'". No primeiro EP, Quadricolôr, observa-se o "rock com acordes de bossa nova". No fim da canção Acaso Casual, cita-se o nome dos vocalistas do Los Hermanos, uma possível influência da banda: "Se quiser chama o Camelo e o Amarante"

Quando a Gente Quer - Lafusa


         A banda de Curitiba Os Dissonantes surgiu num momento em que o rock brasileiro estava desacreditado. A banda criou um rock de garagem com letras particulares. Não sei muito sobre as influências da banda, mas aposto que Cachorro Grande está entre elas (vide música abaixo). 

Baby Nunca Mais - Os Dissonantes


          Velhos e Usados é uma banda de rock alternativo de Brasília, DF. O primeiro disco, Híbrido, foi lançado em Fevereiro de 2008. Atualmente, está lançando um single por mês, no projeto Singles10. Não achei muitas informações sobre a banda, mas achei esses versos na página da banda no Last.fm:

Velhos em influências, por vezes novas e modernas.
Velhos em cabeças, ainda que longe do grisalho.
Usados, calejados, mesmo que nada gastos.
Usados, colocados em uso, pra frente e com disposição de fazer, tocar, ouvir e viver música.

Sexo Em Poesias - Velhos e Usados


            As informações sobre as bandas foram encontradas na página de cada banda no Last.fm, onde, também, pode-se fazer o download. Enjoy.
             
       

sexta-feira, 16 de abril de 2010

The Verve


        O Verve surgiu na cena indie inglesa no inicio dos anos 90, e foi rapidamente deixada de lado com o sucesso das bandas Oasis e Blur, que comandaram o britpop da época. Mas é uma banda que não merece ser esquecida. Eu, que tenho o Oasis como banda preferida, admito que o Verve tem muitas músicas de melodias de dar inveja a Noel Gallagher. A voz de Richard Ashcroft lembra muito a de Liam Gallagher, fazendo com que o som do Verve lembre bastante Oasis. Muitas pessoas já escutaram Bittersweet Symphony, jurando que era uma música do Oasis: 
 
          
        Então o Verve é basicamente uma cópia do Oasis? NÃO! Apenas lembra bastante (Pra quem não sabe, o Verve surgiu primeiro). A diferença está nas influências que o Verve tem do shoegazer, rock psicodélico e space rock, fazendo com que a banda tenha guitarras muito bem trabalhadas, proporcionando canções de melodia invejável pra qualquer grande compositor.
       Pra você que ainda não conhece a banda, recomendo escutar o álbum Urban Hymns, que é o terceiro álbum de estúdio, lançado em 1997. É aquele disco bom do início ao fim, com várias músicas que se tornaram os maiores hits da banda. Melodias fortes, como Lucky Man, The Drugs Don't Work e Sonnet marcam o álbum.
         
        Curiosidades: Richard Ashcroft e Noel Gallagher ficaram bastante íntimos, rendendo mais tarde em homenagem a Richard Ashcroft a música "Cast no Shadow" do álbum 'Whats the Story? (Morning Glory)' do Oasis.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Músicas Para Chorar: Cornestone

            Sumi, não? Pois é, aconteceram algumas coisas que tiraram a minha alegria de postar. Mas, pra quê melhor que música triste quando se está mal? Seja pela letra, seja pela melodia, seja por qualquer motivo: o intuito delas é fazer chorar. E o que somos nós, meros mortais, quando estamos tristes? Nada! E elas estão aqui justamente pra isso, nos fazer mal.

            Cornestone - Arctic Monkeys 
         
        Cornestone é a sétima faixa do terceiro disco dos Arctic Monkeys, Humbug (2009), e o segundo single. Possivelmente, a melhor faixa do álbum. Narra uma história triste, encrementada com versos dolorosos, mas com final feliz. Li no Popload uma interpretação da letra, que é realmente de cortar o coração.
        
“Essa ‘Cornerstone’ traz talvez o verso mais doloroso do ano, escrito pelo Alex Turner: 'Please can I call you her name?’. O sujeito procura a moça em todos os lugares que vai. Mas ela não está mais lá. Ela não está em nenhum lugar. Pois ela jamais esteve em lugar algum. Na volta para casa, ele pede para o taxista fazer o caminho mais longo, para tentar encontrá-la. Nessa situação de total descompasso amoroso, invariavelmente fazemos o caminho mais longo. Como o sujeito diz, ‘guardamos os atalhos conosco’ (‘and I kept my shortcuts to myself’).  Queremos sempre o modo mais complicado. Ele implora, desesperado: ‘Please can I call you her name?’. Afinal, é sempre isso o que fazemos no fim das contas. Mas elas sempre respondem: não, ‘You can’t call me her name’. Então, teme não se lembrar mais do rosto dela. E conclui: ‘I’m beginning to think I imagined you all along’. Mas vem a salvação, nas palavras da irmã da moça, que aparece no final do delírio do desencontro do protagonista: ‘I’m really not supposed to but, yes, you can call me anything you want’. ‘Cornerstone’ é uma bela canção sobre quando continuamos a amar quando já não há mais esperança. Essa é a pior dor de todas, talvez. É a melhor música de toda a carreira do Arctic Monkeys, e mostra que esse Alex Turner sabe uma coisa ou outra sobre tomar foras.”


Clipe
         
         Post curto, tava meio sem o que falar. Depois eu volto com algo mais interessante. Comentem. 
         

sábado, 13 de março de 2010

Melhores Discos: Unknown Pleasures

 Unknown Pleasures

          Em Junho de 1979 foi lançado um álbum que foi criticado como um dos maiores discos de estreia de todos os tempos. Unknown Pleasures foi o primeiro disco de uma das principais bandas do movimento pós-punk, Joy Division. Foi gravado em Stockport, no Strawberry Studios pelo selo Factory.
          A banda se lançou com um som pouco convencional. Trouxeram a bateria e o baixo em primeiro plano, efeitos no fundo como o de vidro quebrando, e a voz que parece bastante distante no fundo. O som era bastante angustiante e sombrio, e nas letras vinham toda a poesia desesperadora de Ian Curtis. Outra revolução foi a capa do álbum que é a captação de ondas da morte de uma estrela em um fundo preto, e sem indicação do Lado A e Lado B do disco.
         O álbum foi sucesso de crítica e de público. Revolucionou desde sua forma de fazer a música ao design de capa. E, por sua música desesperadora, até "ganhou" um "elogio" esquisito em que um jornalista disse que é um álbum perfeito para quem vai cometer suicídio.
        Destaco as músicas Shadowplay, Insight, Disorder e a música que virou quase um símbolo da banda She's Lost Control, que acredito que mostra exatamente como é o som do Joy Division.

        
        Harry escrevendo mais uma vez. Brigadão :D

sexta-feira, 5 de março de 2010

OK Go e a Criatividade dos Clipes

        Quem nunca viu um clipe? E quem não gosta de clipes? É difícil achar alguém que nunca os viu, ou, caso já tenha visto, tenha odiado. Pois é. E foi pensando nisso que resolvi escrever esse post. 
       Mas o que OK Go tem a ver com clipes? OK Go é uma banda norte-americana de rock alternativo que ficou conhecida principalmente pela criatividade dos seus clipes. Nem a banda e nem as canções são famosas, mas quem nunca viu ou ouviu falar do "clipe das esteiras" que atire a primeira pedra. 
       O clipe da canção Here It Goes Again foi feito na casa de um dos integrantes da banda, onde havia seis esteiras elétricas, uma coreografia e uma câmera. Sem cortes, nem edição. A cada vez que eles erravam, começavam tudo de novo. Bastante trabalhoso, mas valeu a pena. 
        Taí o clipe para quem nunca viu, ou para quem quiser assistir novamente.


        O propósito real do post não foi mostrar esse clipe que a gente já cansou de ver, mas sim um clipe novo. This Too Shall Pass foi postado há 4 dias no YouTube. Assita e dê seu veredito. 

              

        Até a próxima o/



             


            

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Bandas Alternativas [#01]

        Aqui estou eu para indicar e falar um pouco sobre algumas bandas alternativas brasileiras, que estão em evidência atualmente; a contradição do alternativo e da "moda" nos aparece mais uma vez, tal como no Indie Rock (confira aqui). A internet se tornou o maior aliado das bandas recém-formadas; qualquer banda pode criar um perfil no MySpace e disponibilizar suas músicas
             A primeira banda da lista é o Cérebro Eletrônico. Uma banda paulistana que mescla rock, samba e mpb com letras sarcásticas e que reverencia o movimento Tropicalista. Possuem dois álbums: Pareço Moderno e Onda Híbrida Ressonante. 



             A próxima da lista é Autoramas; banda carioca formada por Gabriel Thomaz (autor de alguns hits dos Raimundos e Ultraje a Rigor) e dois amigos. Fazendo um "Rock pra dançar", a banda mistura Surf Music, New Wave, Rockabilly, Jovem Guarda e Punk Rock

    
                    A terceira banda da lista é o Vanguart; uma banda de Folk Rock do Mato Grosso, influenciado principalmente pelo Blues e Rock Clássico, além do Folk.



                  Então é isso. Espero que gostem o/