sexta-feira, 9 de março de 2012

Os caras fodas do rock: Dave Grohl

       E aí, galera! Não vou nem comentar sobre o tempo sem postar, porque né. Mas, enfim, resolvi postar hoje por dois motivos. 1º: uma amiga minha virou pra mim e disse: "como é que você tem um blog e posta uma vez em nunca?". Poisé, ela tem razão. E o outro motivo foi que isso aconteceu durante uma aula de matemática, na qual eu acabei descobrindo que meu professor é rockeiro fã de Foo Fighters. Massa, né? Então esse post é pra você, Christian :)
          Aproveitando também pra inaugurar uma sessãozinha nova por aqui, "os caras fodas do rock" isso porque não achei nome melhor e acho que esta não poderia começar melhor, porque, cá entre nós, esse cara aqui é foda, e não é pouco foda não. Ex-bateirista do Nirvana, vocalista e guitarrista do Foo Fighters, bateirista do Them Crooked Vultures, já trabalhou com o Queens Of The Stone Age, com Bruce Springsteen, com David Bowie, com Eddie Vedder e com Jack White. Quer mais? Foi ele que esses dias tava tocando com o Paul McCartney no Grammy... Tem moral, esse Dave Grohl


        David Eric Grohl nasceu em Ohio, nos States, 43 aninhos atrás. Começou na música na década de 80, no Scream, e foi numa turnê europeia que conheceu o Nirvana. Problemas financeiros finalizaram a primeira banda de Dave, mas jamais finalizariam o seu talento. Com uma ligação aqui a outra ali, Grohl partiu pra Seattle e já virou bateirista do Nirvana. Simples assim? É, simples assim.
        1994, Kurt Cobain morreu e o Nirvana foi junto com ele. Dave então se juntou ao Tom Petty & The Heartbreakers, mas esse ainda não era o seu destino. Com algumas composições que ele mesmo tinha feito na época do Nirvana, Grohl se juntou ao seu amigo Barret Jones e gravou algumas músicas que, futuramente, fariam parte do primeiro álbum do Foo Fighters. Copiou umas fitas e mandou pra geral... E, pá: gravadoras demonstraram interesse, Dave se juntou a Nate Mendel, William Goldsmith e Pat Smear e, simples assim, nasceu o Foo Fighters.
          Hoje, a formação dos Fighters já não é a mesma, mas Grohl continua firme. Pai de duas menininhas, tem um divórcio nas costas e vários e vários trabalhos. E eu não posso esquecer das brilhantes atuações de Grohl em cliples, um dom a parte.


A atuação de Dave <3



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

The Killer

         E aê! Sentiram minha falta? Ok, vamos pular a ladainha e ir direto para o que vem me interessando ultimamente e que, espero, passe a ser de interesse de vocês: um certo cara que hoje pode ser chamado de vovô, mas aposto que chegou a arrancar o suspiro de muitas jovens lá nos anos 50: Jerry Lee Lewis
      A década não deixa mentir: ele era do rock - dos primórdios do rock. Começou na música através do piano que seus pais se esforçaram tanto para comprar e foi daí que ele se tornou O pianista - gospel. Assim como Elvis, J. Lee cresceu cantando e tocando em igrejas pentecostais sulistas. 
      Mas cantar em igrejas nunca foi o destino de Jerry, que acabou por ser expulso da Southwestern Bible Institute, no Texas, por fazer o gospel ficar um pouquinho mais rock'n'roll. Lewis fez então "aquela" mistura de blues e country e chegou à fórmula do rockabilly, o que fez com que, em 1956, saísse Crazy Arms do estúdio da Sun Records - mesma gravadora que começou Elvis, Roy Orbison e Johnny Cash.
        A fama internacional só veio um ano mais tarde, com Whole Lotta Shakin’ Goin’ On e, depois, veio A música: Great Balls Of Fire, seu maior sucesso. Mas foi em 1958 que veio o escândalo: a menina de 13 anos com quem era casado (isso mesmo, 13 anos), Myra Gale Brown, era sua prima de segundo grau. A confusão acabou com a turnê de Jerry pela Europa - e ainda ferrou com a sua popularidade nos States.


        Lewis era notícia mais pelos escândalos do que pela música. Além das drogas e do álcool, o cantor perdeu dois filhos e duas ex-esposas, se internou numa clínica de reabilitação, atirou no seu baixista e ainda foi preso na porta da casa de Elvis - mas foi tudo um mal entendido, claro.
       E mesmo com tanta confusão na sua vida, Jerry Lee Lewis ainda tinha técnica no piano e uma voz poderosíssima. Passou a ser chamado de The Killer e foi incluído na primeira leva de artistas do Hall da Fama do Rock.
        Jerry tá aí até hoje. Lançou o Last Man Standing em 2006 e veio até no Jô Soares. Ganhou um "Prêmio pelo Conjunto da Obra" e ainda prometeu um disco que juntaria Eric Clapton, Keith Richards, Mick Jagger e Bruce Springsteen.

         Jerry L. Lewis não deixa nada a desejar se comparado à Elvis e Cash. Pra quem curte um rockabilly, recomendo que abra o 4shared na aba ao lado imediatamente e enjoy it.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Underground Vs. Mainstream

             Às vezes fico pensando em algumas coisas que me deixam irritada, e penso ainda se alguém compartilha da minha indignação. Com essa moda de "ser alternativo", seria de todo ruim assim gostar de música mainstream? Ou ainda, gostar do que você gosta, e não do que os outros te falam para gostar?
           Ser alternativo era gostar do que ninguém gostava (e daí vem o indie, olhe bem) e, hoje, todos (ou quase todos) que querem ser diferentes migram para o que, antes, ninguém gostava. A partir daí, como era inevitável, aquilo que ninguém gostava passou a virar moda, ou seja, seria a mainstretização do underground (palmas pra mim).
         Nada atípico. Analisando o Los Hermanos que, apesar da fase Anna Júlia, possui fãs que usam demais do clichê 'não gosto de modinha, sou alternativo' e usando de Felipe Neto não me matem, que afirmou que a maior banda de todos os tempos, os Beatles, foi também a maior modinha de todos os tempos, pergunto: qual o problema em gostar do mainstream? Os Beatles, que foram OS Beatles, foram a maior modinha da história e a gente insiste em colocar uma etiqueta enorme de "só pra alternativos" na banda!
        Parar de rotular as coisas não significa aceitar toda e qualquer imposição da mídia. Gostar de música alternativa não impede de achar eletrônica e black music legal e, muito menos, não é porque é moda que é ruim. 
       De que adianta ter pose de alternativo e revolucionário se não aceita uma democratização musical? Tem que ver isso aí. 


#ProntoFalei


ps: Por uma democratização musical, vote 1251! (rs)

A mais nova sensação indie britânica

      Um olá pras poucas almas que têm a paciência de esperar um post novo, afinal, são mais de 3 meses sem nada. Mas, partindo logo ao que interessa, apresento-lhes a nova sensação do indie britânico: Yuck!

Pelo menos pose de alternativo eles têm, hahaha

          De Londres, o Yuck foi formado por Daniel Blumberg e Max Bloom, ambos ex-Cajun Dance Party. Assim como ocorreu com quase toda banda de rock, os caras marcaram de se encontrar pra compor canções, uma coisa levou a outra e, pimba!, veio o álbum delirantemente divino: Yuck.
         O disco, lançado em 21 de fevereiro desse ano (quentinho ainda, aproveitem), foi simplesmente adorado pelos críticos e pelo público. A banda, que é relativamente nova, chegou a ser comparada à Yo La Tengo, My Bloody Valentine (essa é pra Harry) e ao próprio Sonic Youth. Pouca moral não, heim?

Capa do disco

             Deixando a opinião dos críticos à parte o que é meio difícil, o disco e a banda estão mesmo com essa bola toda. Sem nada muito inovador, o Yuck juntou as melhores influências possíveis pra fazer um disco novo pros padrões atuais, mas bem antigo pra quem é acostumado a ouvir Pavement e Dinosaur Jr. 
          Quanto as canções, temos a fofa Shook Down, a jovial Get Away e a doce Suck, minhas preferidas. 

Get Away

             Conheci a banda pelo programinha de 15 minutos da MTV, o Não Tem Clipe, Mas é Legal e nunca mais a abandonei. Espero que aconteça o mesmo com vocês. 

PS: O refrãozinho da Shook Down me encantou...
             
      

quarta-feira, 16 de março de 2011

Melhores Discos: The Bends

            Saldações! Tentando manter o padrão de, pelo menos, um post por mês, estou aqui pra falar um pouquinho de mais um excelente álbum de uma excelente banda: The Bends, do Radiohead.

The Bends

      O segundo álbum do Radiohead, lançado em 13 de Março de 1995 (completa 16 anos esse mês), veio após o apagado Pablo Honey. Apesar do seu antecessor não ter recebido uma crítica entusiasmada, havia uma pressão quanto a produção do The Bends devido ao sucesso do primeiro single do Pablo Honey, Creep.
         Sua gravação começou após o fim da turnê norte-americana e, para isso, a banda contratou o experiente produtor da Abbey Road Studios, John Leckie. Os fãs e a mídia estavam em cima, o que fez a banda fugir para a Oceania e Ásia por um tempo. Entretanto, a "fuga" do Radiohead voltou-se contra eles e Thom Yorke chegou a ser acusado de ter se tornado mais um astro do rock que vivia à là MTV life style
      O EP My Iron Lung foi lançado em 1994, contendo o single homônimo e mostrando que a sonoridade da banda havia evoluído muito. A música foi promovida nas rádios underground e até conseguiu um sucesso comercial maior que o esperado. 
    No fim de 1994, a banda termina de gravar o álbum cujas músicas foram compostas durante a última turnê. Lança-o, então, em Março do ano seguinte e finalmente conseguem o merecido sucesso na sua terra natal. Baseado nos densos riffs das três guitarras da banda, The Bends tem ainda um maior uso de teclados que o Pablo Honey. 
     Os singles Fake Plastic Threes, Just e Street Spirit (Fade Out) atingiram boas posições nas paradas musicais. O álbum recebeu, então, maior aclamação da crítica e chegou à posição #4 no UK Albums Chart
   Infelizmente, nenhum single chegou ao sucesso que Creep havia chegado. Contudo, o álbum, ainda assim, conseguiu 3 discos de platina no Canadá e Reino Unido e está entre os três melhores álbuns do Radiohead. A NME e suas listinhas ainda o promoveu ao décimo melhor álbum de toda a história em 2006.

     Meu álbum preferido do Radiohead, tem quase todas as minhas canções favoritas: Fake Plastic Threes, Nice Dream, High And Dry, Bullet Proof... I Wish I Was e a fantástica My Iron Lung. Um pouco depressivo, sim, mas muito bem montado e produzido. Sem dúvida vale a pena.