terça-feira, 6 de dezembro de 2011

The Killer

         E aê! Sentiram minha falta? Ok, vamos pular a ladainha e ir direto para o que vem me interessando ultimamente e que, espero, passe a ser de interesse de vocês: um certo cara que hoje pode ser chamado de vovô, mas aposto que chegou a arrancar o suspiro de muitas jovens lá nos anos 50: Jerry Lee Lewis
      A década não deixa mentir: ele era do rock - dos primórdios do rock. Começou na música através do piano que seus pais se esforçaram tanto para comprar e foi daí que ele se tornou O pianista - gospel. Assim como Elvis, J. Lee cresceu cantando e tocando em igrejas pentecostais sulistas. 
      Mas cantar em igrejas nunca foi o destino de Jerry, que acabou por ser expulso da Southwestern Bible Institute, no Texas, por fazer o gospel ficar um pouquinho mais rock'n'roll. Lewis fez então "aquela" mistura de blues e country e chegou à fórmula do rockabilly, o que fez com que, em 1956, saísse Crazy Arms do estúdio da Sun Records - mesma gravadora que começou Elvis, Roy Orbison e Johnny Cash.
        A fama internacional só veio um ano mais tarde, com Whole Lotta Shakin’ Goin’ On e, depois, veio A música: Great Balls Of Fire, seu maior sucesso. Mas foi em 1958 que veio o escândalo: a menina de 13 anos com quem era casado (isso mesmo, 13 anos), Myra Gale Brown, era sua prima de segundo grau. A confusão acabou com a turnê de Jerry pela Europa - e ainda ferrou com a sua popularidade nos States.


        Lewis era notícia mais pelos escândalos do que pela música. Além das drogas e do álcool, o cantor perdeu dois filhos e duas ex-esposas, se internou numa clínica de reabilitação, atirou no seu baixista e ainda foi preso na porta da casa de Elvis - mas foi tudo um mal entendido, claro.
       E mesmo com tanta confusão na sua vida, Jerry Lee Lewis ainda tinha técnica no piano e uma voz poderosíssima. Passou a ser chamado de The Killer e foi incluído na primeira leva de artistas do Hall da Fama do Rock.
        Jerry tá aí até hoje. Lançou o Last Man Standing em 2006 e veio até no Jô Soares. Ganhou um "Prêmio pelo Conjunto da Obra" e ainda prometeu um disco que juntaria Eric Clapton, Keith Richards, Mick Jagger e Bruce Springsteen.

         Jerry L. Lewis não deixa nada a desejar se comparado à Elvis e Cash. Pra quem curte um rockabilly, recomendo que abra o 4shared na aba ao lado imediatamente e enjoy it.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Underground Vs. Mainstream

             Às vezes fico pensando em algumas coisas que me deixam irritada, e penso ainda se alguém compartilha da minha indignação. Com essa moda de "ser alternativo", seria de todo ruim assim gostar de música mainstream? Ou ainda, gostar do que você gosta, e não do que os outros te falam para gostar?
           Ser alternativo era gostar do que ninguém gostava (e daí vem o indie, olhe bem) e, hoje, todos (ou quase todos) que querem ser diferentes migram para o que, antes, ninguém gostava. A partir daí, como era inevitável, aquilo que ninguém gostava passou a virar moda, ou seja, seria a mainstretização do underground (palmas pra mim).
         Nada atípico. Analisando o Los Hermanos que, apesar da fase Anna Júlia, possui fãs que usam demais do clichê 'não gosto de modinha, sou alternativo' e usando de Felipe Neto não me matem, que afirmou que a maior banda de todos os tempos, os Beatles, foi também a maior modinha de todos os tempos, pergunto: qual o problema em gostar do mainstream? Os Beatles, que foram OS Beatles, foram a maior modinha da história e a gente insiste em colocar uma etiqueta enorme de "só pra alternativos" na banda!
        Parar de rotular as coisas não significa aceitar toda e qualquer imposição da mídia. Gostar de música alternativa não impede de achar eletrônica e black music legal e, muito menos, não é porque é moda que é ruim. 
       De que adianta ter pose de alternativo e revolucionário se não aceita uma democratização musical? Tem que ver isso aí. 


#ProntoFalei


ps: Por uma democratização musical, vote 1251! (rs)

A mais nova sensação indie britânica

      Um olá pras poucas almas que têm a paciência de esperar um post novo, afinal, são mais de 3 meses sem nada. Mas, partindo logo ao que interessa, apresento-lhes a nova sensação do indie britânico: Yuck!

Pelo menos pose de alternativo eles têm, hahaha

          De Londres, o Yuck foi formado por Daniel Blumberg e Max Bloom, ambos ex-Cajun Dance Party. Assim como ocorreu com quase toda banda de rock, os caras marcaram de se encontrar pra compor canções, uma coisa levou a outra e, pimba!, veio o álbum delirantemente divino: Yuck.
         O disco, lançado em 21 de fevereiro desse ano (quentinho ainda, aproveitem), foi simplesmente adorado pelos críticos e pelo público. A banda, que é relativamente nova, chegou a ser comparada à Yo La Tengo, My Bloody Valentine (essa é pra Harry) e ao próprio Sonic Youth. Pouca moral não, heim?

Capa do disco

             Deixando a opinião dos críticos à parte o que é meio difícil, o disco e a banda estão mesmo com essa bola toda. Sem nada muito inovador, o Yuck juntou as melhores influências possíveis pra fazer um disco novo pros padrões atuais, mas bem antigo pra quem é acostumado a ouvir Pavement e Dinosaur Jr. 
          Quanto as canções, temos a fofa Shook Down, a jovial Get Away e a doce Suck, minhas preferidas. 

Get Away

             Conheci a banda pelo programinha de 15 minutos da MTV, o Não Tem Clipe, Mas é Legal e nunca mais a abandonei. Espero que aconteça o mesmo com vocês. 

PS: O refrãozinho da Shook Down me encantou...
             
      

quarta-feira, 16 de março de 2011

Melhores Discos: The Bends

            Saldações! Tentando manter o padrão de, pelo menos, um post por mês, estou aqui pra falar um pouquinho de mais um excelente álbum de uma excelente banda: The Bends, do Radiohead.

The Bends

      O segundo álbum do Radiohead, lançado em 13 de Março de 1995 (completa 16 anos esse mês), veio após o apagado Pablo Honey. Apesar do seu antecessor não ter recebido uma crítica entusiasmada, havia uma pressão quanto a produção do The Bends devido ao sucesso do primeiro single do Pablo Honey, Creep.
         Sua gravação começou após o fim da turnê norte-americana e, para isso, a banda contratou o experiente produtor da Abbey Road Studios, John Leckie. Os fãs e a mídia estavam em cima, o que fez a banda fugir para a Oceania e Ásia por um tempo. Entretanto, a "fuga" do Radiohead voltou-se contra eles e Thom Yorke chegou a ser acusado de ter se tornado mais um astro do rock que vivia à là MTV life style
      O EP My Iron Lung foi lançado em 1994, contendo o single homônimo e mostrando que a sonoridade da banda havia evoluído muito. A música foi promovida nas rádios underground e até conseguiu um sucesso comercial maior que o esperado. 
    No fim de 1994, a banda termina de gravar o álbum cujas músicas foram compostas durante a última turnê. Lança-o, então, em Março do ano seguinte e finalmente conseguem o merecido sucesso na sua terra natal. Baseado nos densos riffs das três guitarras da banda, The Bends tem ainda um maior uso de teclados que o Pablo Honey. 
     Os singles Fake Plastic Threes, Just e Street Spirit (Fade Out) atingiram boas posições nas paradas musicais. O álbum recebeu, então, maior aclamação da crítica e chegou à posição #4 no UK Albums Chart
   Infelizmente, nenhum single chegou ao sucesso que Creep havia chegado. Contudo, o álbum, ainda assim, conseguiu 3 discos de platina no Canadá e Reino Unido e está entre os três melhores álbuns do Radiohead. A NME e suas listinhas ainda o promoveu ao décimo melhor álbum de toda a história em 2006.

     Meu álbum preferido do Radiohead, tem quase todas as minhas canções favoritas: Fake Plastic Threes, Nice Dream, High And Dry, Bullet Proof... I Wish I Was e a fantástica My Iron Lung. Um pouco depressivo, sim, mas muito bem montado e produzido. Sem dúvida vale a pena.
       

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Primeiro Single

         O assunto que quero abordar hoje vai ser polêmico, principalmente pela minha opinião. Quero tratar do novo disco do Strokes, Angles e, por agora, o novo single - Under Cover Of Darkness.
     O The Strokes, banda norte-americana de indie rock, lançou seu último álbum em 2006, o First Impressions Of Earth. Durante os quatro anos em que a banda ficou sem lançar discos, os integrantes aproveitaram para se dedicar aos projetos paralelos: Little Joy, do Fabrizio Moretti; os álbuns solo do Julian Casablancas e do Albert Hammond Jr. e o Nickel Eye (muito bom, por sinal), do Nikolai Fraiture.
       Os fãs já estavam desanimados, sem notícias de um novo disco iminente. Foi aí que começaram as especulações de que o álbum novo sairia em 2011 (Amém!). Confirmado, Angles está marcado pra sair dia 22 de Março e teve seu primeiro single, Under Cover Of Darkness, disponibilizado para download gratuito no site da banda. 
      Eu, como qualquer outra pobre alma que possui Twitter, descolei um link pra baixar a bendita música da qual todos estavam falando (Strokes ficou o dia todo nos Trending Topics por causa disso). Após os três minutos de download, fui ouvir a música. E aí? PÁ!
      De cara, não gostei. A sonoridade da música era muito diferente da do First Impressions Of Earth, o que me deixou chateada, já que é meu álbum predileto. Sem falar que o Julian Casablancas, que à exemplo de Pete Doherty, cantava como se estivesse bêbado ou drogado, parecia sóbrio e limpo.
        Para um primeiro single, aquilo era pouco. O terceiro álbum dos Arctic Monkeys, Humbug, por exemplo, teve uma excelente música como primeiro single, que foi a cara do disco. A melhor dele, sem dúvida. E o Angles? Devo esperar que Under Cover Of Darkness seja a cara do disco? Prefiro que não.
       Não me levem a mal, mas UCoD não chega nem perto de um primeiro single que me faça esperar um excelente álbum. Primeiros singles são aqueles que falam: "Ei, ouça o álbum, ele é foda". E, infelizmente, não foi isso que eu ouvi quando escutei o primeiro single de Angles. Eu só ouvi um "Poxa, gravei essa música porque todo mundo tava pressionando por um novo disco".
          Não acredito que Angles possa ser um fiasco, nem torço por isso. Só acho que ou o primeiro single foi mal escolhido ou o álbum é apenas mediano. Só a minha humilde opinião. É isso aí, comentem, critiquem. 

           Veja aqui a capa do Angles.
           E aqui o link de Under Cover Of Darkness.



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Lista: Músicas Românticas

      Olá! Mais de um mês sem nenhum post e nesse meio tempo o Onde Foi Parar o Vinil? ainda fez um aninho de existência! Nem acredito que sustentei um blog por tanto tempo, mas fico feliz pelo meu feito (e espero que vocês também).
     O post de hoje vai ser um pouco diferente do usual. Resolvi fazer uma lista, sem ordem de preferência, apenas de músicas românticas e fofinhas, daquelas que a gente escuta em filmes de comédia romântica e nunca mais esquece. São canções tristes, lindas, chorosas e tudo mais. Não são músicas que você vá ouvir todo dia, mas sempre te dá um aperto quando escuta. É uma lista aleatória, mas espero que vocês gostem, até porque eu torrei o tempo da @laraheyden e do @HarrisonRocha nisso (:



        Look What You’ve Done - Jet



        Somewhere Only We Know - Keane


        Far Away - Nickelback


         You And Me - Lifehouse


          Here Without You - Three Doors Down


          She Will Be Loved - Maroon 5


         Don’t Look Back In Anger - Oasis


            Iris - Goo Goo Dolls


         Miss You Love - Silverchair


         Bad Day - Daniel Powter


         Open Your Eyes - Snow Patrol

  
         Use Somebody - Kings Of Leon


         Anna Júlia - Los Hermanos


         Someday - Nickelback


         I Don't Want To Talk About It - Rod Stewart


         Photograph - Nickelback



         Demorou um bom tempo pra achar todos esses vídeos, e eu tentei ao máximo que fossem os clipes, mas foi difícil achar uma boa alma que permitia a incorporação dos vídeos. Post curto, qualquer dia eu volto com algo mais interessante. É isso aí, comentem.
         






segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Melhores Discos: First Impressions Of Earth

        A música é sempre algo intrigante. Você pode achar uma música excelente, enquanto outro pode achar a mesma música uma m@#$%. E foi o que aconteceu comigo em relação ao terceiro álbum do Strokes, o First Impressions of Earth.

First Impressions Of Earth

        O terceiro álbum de estúdio do Strokes foi lançado em 2006. Considerado um marco na história da banda, pode-se notar no disco uma tentativa de mudar o rock usual da banda. First Impressions Of Earth veio depois do melhor álbum da banda - segundo a crítica especializada - o Room On Fire
       A mesma crítica que aclamou o segundo álbum do The Strokes foi aquela responsável pela mais absurda conclusão em relação ao First Impressions Of Earth: Uma m#$%@. É, pois é. Declararam que o álbum foi o pior de todos os álbuns da banda.  
        Quando descobri isso, eu não acreditei. Como meu álbum favorito do The Strokes é simplesmente escolhido como o pior de todos? O que havia nele que todo mundo havia odiado? Fiquei absolutamente sem entender. You Only Live Once, Juicebox, Razorblade, todas excelentes canções dentro de um álbum que todos acham horrível?
         Tentei procurar uma justificativa pra isso. E a única que encontrei foi a mudança de sonoridade que a banda procurou. Todos nós já vimos bandas à procura de novidades, e com o Strokes não seria diferente. Vimos os Arctic Monkeys lançarem o controverso Humbug, mas que todo mundo amou. E, então, porque seria diferente com o First Impressions Of Earth? Vai entender.
          Como vocês podem notar, para mim, First Impressions Of Earth é um excelente álbum. Juicebox e You Only Live One são minhas canções favoritas. Quem não conhece, vale a pena conhecer. Talvez, assim, a gente possa deixar a crítica especializada de lado e tentar descobrir o nosso gosto.