terça-feira, 14 de junho de 2011

Underground Vs. Mainstream

             Às vezes fico pensando em algumas coisas que me deixam irritada, e penso ainda se alguém compartilha da minha indignação. Com essa moda de "ser alternativo", seria de todo ruim assim gostar de música mainstream? Ou ainda, gostar do que você gosta, e não do que os outros te falam para gostar?
           Ser alternativo era gostar do que ninguém gostava (e daí vem o indie, olhe bem) e, hoje, todos (ou quase todos) que querem ser diferentes migram para o que, antes, ninguém gostava. A partir daí, como era inevitável, aquilo que ninguém gostava passou a virar moda, ou seja, seria a mainstretização do underground (palmas pra mim).
         Nada atípico. Analisando o Los Hermanos que, apesar da fase Anna Júlia, possui fãs que usam demais do clichê 'não gosto de modinha, sou alternativo' e usando de Felipe Neto não me matem, que afirmou que a maior banda de todos os tempos, os Beatles, foi também a maior modinha de todos os tempos, pergunto: qual o problema em gostar do mainstream? Os Beatles, que foram OS Beatles, foram a maior modinha da história e a gente insiste em colocar uma etiqueta enorme de "só pra alternativos" na banda!
        Parar de rotular as coisas não significa aceitar toda e qualquer imposição da mídia. Gostar de música alternativa não impede de achar eletrônica e black music legal e, muito menos, não é porque é moda que é ruim. 
       De que adianta ter pose de alternativo e revolucionário se não aceita uma democratização musical? Tem que ver isso aí. 


#ProntoFalei


ps: Por uma democratização musical, vote 1251! (rs)

A mais nova sensação indie britânica

      Um olá pras poucas almas que têm a paciência de esperar um post novo, afinal, são mais de 3 meses sem nada. Mas, partindo logo ao que interessa, apresento-lhes a nova sensação do indie britânico: Yuck!

Pelo menos pose de alternativo eles têm, hahaha

          De Londres, o Yuck foi formado por Daniel Blumberg e Max Bloom, ambos ex-Cajun Dance Party. Assim como ocorreu com quase toda banda de rock, os caras marcaram de se encontrar pra compor canções, uma coisa levou a outra e, pimba!, veio o álbum delirantemente divino: Yuck.
         O disco, lançado em 21 de fevereiro desse ano (quentinho ainda, aproveitem), foi simplesmente adorado pelos críticos e pelo público. A banda, que é relativamente nova, chegou a ser comparada à Yo La Tengo, My Bloody Valentine (essa é pra Harry) e ao próprio Sonic Youth. Pouca moral não, heim?

Capa do disco

             Deixando a opinião dos críticos à parte o que é meio difícil, o disco e a banda estão mesmo com essa bola toda. Sem nada muito inovador, o Yuck juntou as melhores influências possíveis pra fazer um disco novo pros padrões atuais, mas bem antigo pra quem é acostumado a ouvir Pavement e Dinosaur Jr. 
          Quanto as canções, temos a fofa Shook Down, a jovial Get Away e a doce Suck, minhas preferidas. 

Get Away

             Conheci a banda pelo programinha de 15 minutos da MTV, o Não Tem Clipe, Mas é Legal e nunca mais a abandonei. Espero que aconteça o mesmo com vocês. 

PS: O refrãozinho da Shook Down me encantou...