quarta-feira, 16 de março de 2011

Melhores Discos: The Bends

            Saldações! Tentando manter o padrão de, pelo menos, um post por mês, estou aqui pra falar um pouquinho de mais um excelente álbum de uma excelente banda: The Bends, do Radiohead.

The Bends

      O segundo álbum do Radiohead, lançado em 13 de Março de 1995 (completa 16 anos esse mês), veio após o apagado Pablo Honey. Apesar do seu antecessor não ter recebido uma crítica entusiasmada, havia uma pressão quanto a produção do The Bends devido ao sucesso do primeiro single do Pablo Honey, Creep.
         Sua gravação começou após o fim da turnê norte-americana e, para isso, a banda contratou o experiente produtor da Abbey Road Studios, John Leckie. Os fãs e a mídia estavam em cima, o que fez a banda fugir para a Oceania e Ásia por um tempo. Entretanto, a "fuga" do Radiohead voltou-se contra eles e Thom Yorke chegou a ser acusado de ter se tornado mais um astro do rock que vivia à là MTV life style
      O EP My Iron Lung foi lançado em 1994, contendo o single homônimo e mostrando que a sonoridade da banda havia evoluído muito. A música foi promovida nas rádios underground e até conseguiu um sucesso comercial maior que o esperado. 
    No fim de 1994, a banda termina de gravar o álbum cujas músicas foram compostas durante a última turnê. Lança-o, então, em Março do ano seguinte e finalmente conseguem o merecido sucesso na sua terra natal. Baseado nos densos riffs das três guitarras da banda, The Bends tem ainda um maior uso de teclados que o Pablo Honey. 
     Os singles Fake Plastic Threes, Just e Street Spirit (Fade Out) atingiram boas posições nas paradas musicais. O álbum recebeu, então, maior aclamação da crítica e chegou à posição #4 no UK Albums Chart
   Infelizmente, nenhum single chegou ao sucesso que Creep havia chegado. Contudo, o álbum, ainda assim, conseguiu 3 discos de platina no Canadá e Reino Unido e está entre os três melhores álbuns do Radiohead. A NME e suas listinhas ainda o promoveu ao décimo melhor álbum de toda a história em 2006.

     Meu álbum preferido do Radiohead, tem quase todas as minhas canções favoritas: Fake Plastic Threes, Nice Dream, High And Dry, Bullet Proof... I Wish I Was e a fantástica My Iron Lung. Um pouco depressivo, sim, mas muito bem montado e produzido. Sem dúvida vale a pena.
       

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Primeiro Single

         O assunto que quero abordar hoje vai ser polêmico, principalmente pela minha opinião. Quero tratar do novo disco do Strokes, Angles e, por agora, o novo single - Under Cover Of Darkness.
     O The Strokes, banda norte-americana de indie rock, lançou seu último álbum em 2006, o First Impressions Of Earth. Durante os quatro anos em que a banda ficou sem lançar discos, os integrantes aproveitaram para se dedicar aos projetos paralelos: Little Joy, do Fabrizio Moretti; os álbuns solo do Julian Casablancas e do Albert Hammond Jr. e o Nickel Eye (muito bom, por sinal), do Nikolai Fraiture.
       Os fãs já estavam desanimados, sem notícias de um novo disco iminente. Foi aí que começaram as especulações de que o álbum novo sairia em 2011 (Amém!). Confirmado, Angles está marcado pra sair dia 22 de Março e teve seu primeiro single, Under Cover Of Darkness, disponibilizado para download gratuito no site da banda. 
      Eu, como qualquer outra pobre alma que possui Twitter, descolei um link pra baixar a bendita música da qual todos estavam falando (Strokes ficou o dia todo nos Trending Topics por causa disso). Após os três minutos de download, fui ouvir a música. E aí? PÁ!
      De cara, não gostei. A sonoridade da música era muito diferente da do First Impressions Of Earth, o que me deixou chateada, já que é meu álbum predileto. Sem falar que o Julian Casablancas, que à exemplo de Pete Doherty, cantava como se estivesse bêbado ou drogado, parecia sóbrio e limpo.
        Para um primeiro single, aquilo era pouco. O terceiro álbum dos Arctic Monkeys, Humbug, por exemplo, teve uma excelente música como primeiro single, que foi a cara do disco. A melhor dele, sem dúvida. E o Angles? Devo esperar que Under Cover Of Darkness seja a cara do disco? Prefiro que não.
       Não me levem a mal, mas UCoD não chega nem perto de um primeiro single que me faça esperar um excelente álbum. Primeiros singles são aqueles que falam: "Ei, ouça o álbum, ele é foda". E, infelizmente, não foi isso que eu ouvi quando escutei o primeiro single de Angles. Eu só ouvi um "Poxa, gravei essa música porque todo mundo tava pressionando por um novo disco".
          Não acredito que Angles possa ser um fiasco, nem torço por isso. Só acho que ou o primeiro single foi mal escolhido ou o álbum é apenas mediano. Só a minha humilde opinião. É isso aí, comentem, critiquem. 

           Veja aqui a capa do Angles.
           E aqui o link de Under Cover Of Darkness.



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Lista: Músicas Românticas

      Olá! Mais de um mês sem nenhum post e nesse meio tempo o Onde Foi Parar o Vinil? ainda fez um aninho de existência! Nem acredito que sustentei um blog por tanto tempo, mas fico feliz pelo meu feito (e espero que vocês também).
     O post de hoje vai ser um pouco diferente do usual. Resolvi fazer uma lista, sem ordem de preferência, apenas de músicas românticas e fofinhas, daquelas que a gente escuta em filmes de comédia romântica e nunca mais esquece. São canções tristes, lindas, chorosas e tudo mais. Não são músicas que você vá ouvir todo dia, mas sempre te dá um aperto quando escuta. É uma lista aleatória, mas espero que vocês gostem, até porque eu torrei o tempo da @laraheyden e do @HarrisonRocha nisso (:



        Look What You’ve Done - Jet



        Somewhere Only We Know - Keane


        Far Away - Nickelback


         You And Me - Lifehouse


          Here Without You - Three Doors Down


          She Will Be Loved - Maroon 5


         Don’t Look Back In Anger - Oasis


            Iris - Goo Goo Dolls


         Miss You Love - Silverchair


         Bad Day - Daniel Powter


         Open Your Eyes - Snow Patrol

  
         Use Somebody - Kings Of Leon


         Anna Júlia - Los Hermanos


         Someday - Nickelback


         I Don't Want To Talk About It - Rod Stewart


         Photograph - Nickelback



         Demorou um bom tempo pra achar todos esses vídeos, e eu tentei ao máximo que fossem os clipes, mas foi difícil achar uma boa alma que permitia a incorporação dos vídeos. Post curto, qualquer dia eu volto com algo mais interessante. É isso aí, comentem.
         






segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Melhores Discos: First Impressions Of Earth

        A música é sempre algo intrigante. Você pode achar uma música excelente, enquanto outro pode achar a mesma música uma m@#$%. E foi o que aconteceu comigo em relação ao terceiro álbum do Strokes, o First Impressions of Earth.

First Impressions Of Earth

        O terceiro álbum de estúdio do Strokes foi lançado em 2006. Considerado um marco na história da banda, pode-se notar no disco uma tentativa de mudar o rock usual da banda. First Impressions Of Earth veio depois do melhor álbum da banda - segundo a crítica especializada - o Room On Fire
       A mesma crítica que aclamou o segundo álbum do The Strokes foi aquela responsável pela mais absurda conclusão em relação ao First Impressions Of Earth: Uma m#$%@. É, pois é. Declararam que o álbum foi o pior de todos os álbuns da banda.  
        Quando descobri isso, eu não acreditei. Como meu álbum favorito do The Strokes é simplesmente escolhido como o pior de todos? O que havia nele que todo mundo havia odiado? Fiquei absolutamente sem entender. You Only Live Once, Juicebox, Razorblade, todas excelentes canções dentro de um álbum que todos acham horrível?
         Tentei procurar uma justificativa pra isso. E a única que encontrei foi a mudança de sonoridade que a banda procurou. Todos nós já vimos bandas à procura de novidades, e com o Strokes não seria diferente. Vimos os Arctic Monkeys lançarem o controverso Humbug, mas que todo mundo amou. E, então, porque seria diferente com o First Impressions Of Earth? Vai entender.
          Como vocês podem notar, para mim, First Impressions Of Earth é um excelente álbum. Juicebox e You Only Live One são minhas canções favoritas. Quem não conhece, vale a pena conhecer. Talvez, assim, a gente possa deixar a crítica especializada de lado e tentar descobrir o nosso gosto. 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

The Velvet Underground

        Durante essas semanas de férias, estive sempre pensando em algo bom pra postar. Infelizmente, nada me vinha à cabeça. Eu já estava surtando. Por sorte, pensei numa banda que descobri esse ano, mas que tem uma longa história. Ela foi, sem dúvida, uma das melhores bandas que já existiu e hoje é uma das minhas favoritas. É o The Velvet Underground

The Velvet Underground

           A banda surgiu em Nova Iorque, Estados Unidos, em 1964. Composta por Lou Reed (vocal e guitarra), Sterling Morrison (guitarra), John Cale (baixo), Doug Yule (substituto de Cale), Nico (vocal), Angus MacAlise (bateria) e Maureen Tucker (substituta de Angus), o Velvet se caracterizava por um estilo experimental. Esse estilo particular, pouco comercial pra época, fez com que a banda tivesse pouco reconhecimento do público. Apesar disso, a banda é citada até hoje como essencial na história do rock. 
           O caráter experimental do Velvet Underground se deve principalmente ao contato com artistas vanguardistas da época, em especial Andy Warhol, considerado mentor intelectual e financiador do grupo. Alguns dizem, entretanto, que a influência de Warhol sobre o grupo é superestimada. Grande parte das letras do grupo já estariam prontas mesmo antes do contato com o artista, de forma que Warhol nunca teria influência sobre os temas abordados. O seu "pitaco" na música do Velvet seria, então, apenas a convivência com Lou Reed. 
            Além da sutil influência na música, Warhol é protagonista de um importante episódio na história do Velvet Underground: A inclusão de Nico como vocalista no álbum de estreia. Warhol forçou a entrada da modelo e cantora alemã, mesmo contrariando o resto do grupo. Como protesto, o álbum foi denominado Velvet Underground & Nico, excluindo, portanto, a cantora.
            O álbum de estreia, o Velvet Underground & Nico, lançado em 1967, é conhecido pela banana na capa, feita por Andy Warhol e também pelos temas vanguardistas de suas canções, que incluem prostituição, sadomasoquismo, drogas e até ocultismo. O disco vendeu pouco, mas há uma lenda que diz que quem o comprou montou uma banda após ouvi-lo (Iggy Pop, David Bowie e Joy Division são alguns exemplos).

A banana, por Andy Warhol

                O segundo álbum, o Whitle Light/White Heat, lançado em 1968, marcou o desligamento entre Warhol, Nico e a banda. Tão ousado e barulhento quanto o antecessor, também marcou a saída de John Cale, o responsável pelos apelos experimentais. Após isso, Lou Reed assumiu o cargo de líder. 
               O terceiro álbum, homônimo, lançado em 1969, possui canções mais acústicas e introspectivas que as dos álbuns anteriores. 
               Em 1970, o Loaded foi lançado. Último álbum com Lou Reed, que sai da banda em 1971. Três das canções mais famosas da banda estão presentes no álbum. São elas: Who Loves The Sun, Sweet Jane a Rock and Roll.
             Após o Loaded, a banda até lançou um LP, o Squeeze, mas ele sequer é considerado parte de sua discografia original. 
             Em 1993, a banda se juntou para alguns shows, que gerararm o álbum duplo Live MCMXCIII, com as principais músicas da carreira da banda. 
                  
                 Conheci a banda quando fiz a postagem Do It Yourself, sobre punk rock. O estilo experimental do VU e a mistura de temas políticos fazem da banda uma influência a várias outras. O som é bastante diferente. Vale muito a pena ouvir.