terça-feira, 14 de junho de 2011

Underground Vs. Mainstream

             Às vezes fico pensando em algumas coisas que me deixam irritada, e penso ainda se alguém compartilha da minha indignação. Com essa moda de "ser alternativo", seria de todo ruim assim gostar de música mainstream? Ou ainda, gostar do que você gosta, e não do que os outros te falam para gostar?
           Ser alternativo era gostar do que ninguém gostava (e daí vem o indie, olhe bem) e, hoje, todos (ou quase todos) que querem ser diferentes migram para o que, antes, ninguém gostava. A partir daí, como era inevitável, aquilo que ninguém gostava passou a virar moda, ou seja, seria a mainstretização do underground (palmas pra mim).
         Nada atípico. Analisando o Los Hermanos que, apesar da fase Anna Júlia, possui fãs que usam demais do clichê 'não gosto de modinha, sou alternativo' e usando de Felipe Neto não me matem, que afirmou que a maior banda de todos os tempos, os Beatles, foi também a maior modinha de todos os tempos, pergunto: qual o problema em gostar do mainstream? Os Beatles, que foram OS Beatles, foram a maior modinha da história e a gente insiste em colocar uma etiqueta enorme de "só pra alternativos" na banda!
        Parar de rotular as coisas não significa aceitar toda e qualquer imposição da mídia. Gostar de música alternativa não impede de achar eletrônica e black music legal e, muito menos, não é porque é moda que é ruim. 
       De que adianta ter pose de alternativo e revolucionário se não aceita uma democratização musical? Tem que ver isso aí. 


#ProntoFalei


ps: Por uma democratização musical, vote 1251! (rs)

Um comentário:

  1. Não é ruim gostar de música mainstream, é ruim você ignorar seus gostos simplesmente para se adequar à sociedade e àqueles a seu redor. Eu mesmo, tenho um gosto musical muito estranho pra minha idade, já que ouço mais MPB, rock dos anos 60, 70 e 80, música clássica, etc.

    O problema é que, no mundo de hoje, com tanta informação e, claro, tanto acesso à ela, as pessoas têm acesso a muita coisa, muita informação. Isso acaba fazendo com que essas pessoas queiram sair dessa onda de informação passada pela grande mídia. Ironicamente, essa grande "vontade" de ser único, de ser diferenciado, é compartilhada por quase todos. Diria, até, que essa é uma vontade meio que "adolescente", por assim dizer.

    Isso surge com o início da adolescência e a necessidade de se afirmar para o mundo. Por isso, antigamente, as pessoas passavam a procurar algo que não aparecia na grande mídia, algo "alternativo". O problema é que ser alternativo não necessariamente quer dizer gostar de algo que ninguém gostava, mas sim gostar de algo que não é o comum, o usual. O que quero dizer, com isso, é que aqueles que procuravam se diferenciar procurando algo bom e diferente do normal acabam se juntando a muitos mais que também curtem isso. O que acontece é, como você disse, uma popularização do alternativo, que acaba se tornando parte da "mainstream".

    O que as pessoas precisam entender é que nem tudo o que é parte da "mainstream" é ruim. Pelo contrário. Há muita coisa boa na grande mídia, pois essas coisas acabaram se popularizando por serem boas. Vejam grandes bandas de rock que acabaram se popularizando. Vejam o Nirvana, Oasis e, claro, os Beatles. O problema aqui não é a popularização do alternativo, mas sim a "alternativização" do que é bom. Hoje, tudo que é bom e novo tende a ser taxado de "alternativo". Acho esse um comportamento um tanto quanto "bobo", por assim dizer.

    Só acho que, como disse no começo do meu comentário, que todos deveriam gostar daquilo que mais lhes apetece, e pronto. Com o perdão da palavra, mas goste do que gostar, e foda-se quem ficar chorando aí. Simples. :D

    PS: Não se ofendam, senhoras. :P

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