segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Melhores Discos: First Impressions Of Earth

        A música é sempre algo intrigante. Você pode achar uma música excelente, enquanto outro pode achar a mesma música uma m@#$%. E foi o que aconteceu comigo em relação ao terceiro álbum do Strokes, o First Impressions of Earth.

First Impressions Of Earth

        O terceiro álbum de estúdio do Strokes foi lançado em 2006. Considerado um marco na história da banda, pode-se notar no disco uma tentativa de mudar o rock usual da banda. First Impressions Of Earth veio depois do melhor álbum da banda - segundo a crítica especializada - o Room On Fire
       A mesma crítica que aclamou o segundo álbum do The Strokes foi aquela responsável pela mais absurda conclusão em relação ao First Impressions Of Earth: Uma m#$%@. É, pois é. Declararam que o álbum foi o pior de todos os álbuns da banda.  
        Quando descobri isso, eu não acreditei. Como meu álbum favorito do The Strokes é simplesmente escolhido como o pior de todos? O que havia nele que todo mundo havia odiado? Fiquei absolutamente sem entender. You Only Live Once, Juicebox, Razorblade, todas excelentes canções dentro de um álbum que todos acham horrível?
         Tentei procurar uma justificativa pra isso. E a única que encontrei foi a mudança de sonoridade que a banda procurou. Todos nós já vimos bandas à procura de novidades, e com o Strokes não seria diferente. Vimos os Arctic Monkeys lançarem o controverso Humbug, mas que todo mundo amou. E, então, porque seria diferente com o First Impressions Of Earth? Vai entender.
          Como vocês podem notar, para mim, First Impressions Of Earth é um excelente álbum. Juicebox e You Only Live One são minhas canções favoritas. Quem não conhece, vale a pena conhecer. Talvez, assim, a gente possa deixar a crítica especializada de lado e tentar descobrir o nosso gosto. 

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

The Velvet Underground

        Durante essas semanas de férias, estive sempre pensando em algo bom pra postar. Infelizmente, nada me vinha à cabeça. Eu já estava surtando. Por sorte, pensei numa banda que descobri esse ano, mas que tem uma longa história. Ela foi, sem dúvida, uma das melhores bandas que já existiu e hoje é uma das minhas favoritas. É o The Velvet Underground

The Velvet Underground

           A banda surgiu em Nova Iorque, Estados Unidos, em 1964. Composta por Lou Reed (vocal e guitarra), Sterling Morrison (guitarra), John Cale (baixo), Doug Yule (substituto de Cale), Nico (vocal), Angus MacAlise (bateria) e Maureen Tucker (substituta de Angus), o Velvet se caracterizava por um estilo experimental. Esse estilo particular, pouco comercial pra época, fez com que a banda tivesse pouco reconhecimento do público. Apesar disso, a banda é citada até hoje como essencial na história do rock. 
           O caráter experimental do Velvet Underground se deve principalmente ao contato com artistas vanguardistas da época, em especial Andy Warhol, considerado mentor intelectual e financiador do grupo. Alguns dizem, entretanto, que a influência de Warhol sobre o grupo é superestimada. Grande parte das letras do grupo já estariam prontas mesmo antes do contato com o artista, de forma que Warhol nunca teria influência sobre os temas abordados. O seu "pitaco" na música do Velvet seria, então, apenas a convivência com Lou Reed. 
            Além da sutil influência na música, Warhol é protagonista de um importante episódio na história do Velvet Underground: A inclusão de Nico como vocalista no álbum de estreia. Warhol forçou a entrada da modelo e cantora alemã, mesmo contrariando o resto do grupo. Como protesto, o álbum foi denominado Velvet Underground & Nico, excluindo, portanto, a cantora.
            O álbum de estreia, o Velvet Underground & Nico, lançado em 1967, é conhecido pela banana na capa, feita por Andy Warhol e também pelos temas vanguardistas de suas canções, que incluem prostituição, sadomasoquismo, drogas e até ocultismo. O disco vendeu pouco, mas há uma lenda que diz que quem o comprou montou uma banda após ouvi-lo (Iggy Pop, David Bowie e Joy Division são alguns exemplos).

A banana, por Andy Warhol

                O segundo álbum, o Whitle Light/White Heat, lançado em 1968, marcou o desligamento entre Warhol, Nico e a banda. Tão ousado e barulhento quanto o antecessor, também marcou a saída de John Cale, o responsável pelos apelos experimentais. Após isso, Lou Reed assumiu o cargo de líder. 
               O terceiro álbum, homônimo, lançado em 1969, possui canções mais acústicas e introspectivas que as dos álbuns anteriores. 
               Em 1970, o Loaded foi lançado. Último álbum com Lou Reed, que sai da banda em 1971. Três das canções mais famosas da banda estão presentes no álbum. São elas: Who Loves The Sun, Sweet Jane a Rock and Roll.
             Após o Loaded, a banda até lançou um LP, o Squeeze, mas ele sequer é considerado parte de sua discografia original. 
             Em 1993, a banda se juntou para alguns shows, que gerararm o álbum duplo Live MCMXCIII, com as principais músicas da carreira da banda. 
                  
                 Conheci a banda quando fiz a postagem Do It Yourself, sobre punk rock. O estilo experimental do VU e a mistura de temas políticos fazem da banda uma influência a várias outras. O som é bastante diferente. Vale muito a pena ouvir. 

sábado, 2 de outubro de 2010

Dinosaur Jr.

           Voltei! Mas não por muito tempo. Já tava sentindo falta de escrever e, ultimamente, o blog tem ganhado mais seguidores (que não são meus amigos) e isso me animou de novo. Mas vamos ao que interessa hoje: DINOSAUR JR.!

Dinosaur Jr.

         Dinosaur Jr. é uma banda de rock alternativo que se formou em 1984, em Massachusetts, Estados Unidos. Ainda sem o "Jr.", o grupo começou com Low Barlow e J. Macis. Macis mudou de instrumento com a entrada de Emmet Murph, deixando a bateria e assumindo a guitarra.
        O primeiro disco da banda, Dinosaur, foi lançado em 1985. A música que o grupo apresentou no álbum era bastante eclética, advinda da mistura de vários gêneros musicais: punk, hardcore, garage rock, metal, folk rock, country rock e gótico. Ao invés de misturar tudo em uma música só, o grupo fez cada música com um estilo diferente e associou-as ao extremo volume e distorção - o que viria a ser marca da banda mais tarde. As composições foram feitas por Macis, que chegou até a cantar algumas canções com seu sotaque nasal (comparado à Neil Young), mas foi Low quem cantou a maioria. O álbum não fez muito sucesso comercialmente, vendendo apenas 1.500 cópias no primeiro ano. 
       Depois do lançamento do álbum, o Dinosaur (ainda sem o Jr.) foi a New York City para realizar alguns shows. Os primeiros a se impressionarem com o desempenho do Dinosaur foi o Sonic Youth, que os convidaram para a turnê no nordeste e centro-oeste dos EUA, em 1986. No final desse ano, a banda hippie The Dinosaurs processou o grupo, que acabou mudando o nome para Dinosaur Jr. 
       Em 1987, o Dinosaur (agora com o Jr.) assinou um contrato com a gravadora independente SST e lançou o aclamado You’re Living All Over Me. Além de obter destaque na cena underground, o disco fez sucesso entre a crítica e entre algumas bandas. No início de 1988, a banda lança o single Freak Scene, que refletia o espírito underground americano pós-punk da época, e acabou abrindo espaço para outro aclamado álbum.
         Bug foi lançado ainda em 1988 em meio ao aumento de popularidade da banda. Apesar disso, começaram a surgir algumas tensões no grupo, principalmente entre Macis e Barlow que mal se falavam. Em 1989, Macis diz para Barlow que a banda acabou, o que era apenas um pretexto para formar um novo Dinosaur Jr. sem Barlow já no dia seguinte. 
         Ainda em 1989, a banda lança mais um single, uma cover do The Cure, Just Like Heaven. No ano seguinte, a banda assina contrato com a sua primeira grande gravadora: Sire Records
       Green Mind, o terceiro disco do grupo, sai em 1991. O disco foi quase todo gravado por Macis, que tocou todos os instrumentos (exceto bateria). O estilo eclético e variado do álbum não agradou a crítica e, durante a turnê, o Dinosaur Jr. foi ofuscado pela banda que abria seus shows: o Nirvana
        O rock alternativo explode, mas isso, ao invés de ascender o Dinosaur Jr., fez com que a banda sumisse após o lançamento do EP Whatever’s Cool With Me, no início de 92.
        A banda só reaparece em 1993, com o álbum Where You Been. O novo disco foi beneficiado pela cena alternativa da época, figurando na Billboard e vendendo 500 mil cópias. Macis foi tido como um dos principais nomes do rock da época e o single Start Choppin foi hit nas paradas norte-americanas. 
       Ainda nesse ano, as brigas voltam a acontecer, dessa vez entre Macis e Murph. Um pouco antes do lançamento do próximo disco, Murph sai da banda e ingressa no Lemonheads. O lançamento do Without A Sound, em 1994, repete o sucesso do Where You Been, parte devido ao videoclipe inovador do single Feel The Pain.


Feel The Pain, Dinosaur Jr.

        Em meio a trabalhos paralelos, o Dinosaur Jr. lança o Hand It Over em 1997, considerado o melhor trabalho de Macis em vários anos. Entretanto, apesar de considerado bom pela crítica, o disco não teve nenhum hit e acabou sendo ignorado pelo público. Pouco tempo depois, Macis anuncia o fim do Dinosaur Jr. 
         Em 2000, Macis volta a ativa com um segundo trabalho solo (juntamente com Kevin Shields, My Bloody Valentine e Bob Pollard, Guided By Voices) e com algumas raridades do Dinosaur Jr. no Live At BBC
        Em 2007 a banda volta com sua formação original (Macis, Barlow e Murph) e lança o Beyond, disco que foi bem aceito pelos fãs. Em 2009, é lançado o décimo álbum da banda, Farm, o qual foi bem aceito pela crítica, ficando em 39° entre os 50 melhores álbuns do ano.



       Eu não sou lá qualificada pra falar da banda, mas há tempos eu não ouvia algo tão bom assim. Já tinha lido muito sobre no Popload, mas só depois de ouvir o Farm notei o que eu estava perdendo; este, então, se tornou meu álbum favorito, e as canções Said The People, Pieces e Plans são minhas favoritas. 
         Post pra Harry, que me deu coragem pra ouvir Dinosaur Jr. 
          

sábado, 21 de agosto de 2010

Premiações Musicais

           Todo ano, a MTV Brasil (a norte-americana e a europeia) fazem premiações musicais a fim de valorizar os artistas e as músicas, os chamados VMBs, VMAs e  EMAs. 
        As escolhas, há algum tempo atrás, eram feitas por especialistas mas, ultimamente, é feita por voto aberto para o povo, em votações online. As categorias e os indicados variam de acordo ao que está em evidência e o que faz sucesso. Entretanto,  existem as categorias fixas, como Artista do Ano, Hit do Ano e Revelação
        O intuito de tais premiações é válido, ou seja, premiar o que é bom. Mas, infelizmente, não é o que acontece. O voto aberto dá mais espaço pra'quilo que só faz sucesso, ou melhor, pra'quilo que não é exatamente bom e digno de receber um prêmio tão importante, que representa um país inteiro (e no caso do EMA, um continente).
     Tomemos como exemplo o VMB desse ano. São 16 categorias, sendo que 3 delas não são exatamente sobre música (Webhit, Webstar e Game do Ano). Os indicados variam entre Restart-Cine-NxZero, ou seja, aqueles que fazem sucesso. O porque disso é simples: ninguém assistiria o VMB se Restart perdesse, por exemplo, na categoria Artista do Ano. Pronto. 
       Triste, não é? A categoria Clipe do Ano, por exemplo, possui 10 indicados sendo que, no máximo, 3 deles são dignos de estar lá (o clipe de Skank mesmo, Noites De Um Verão Qualquer é excelente); quanto aos outros 7 indicados, temos Restart, NxZero e Cine (maravilha albertô!).
         Infelizmente a MTV, a mesma que é a casa da música, está deixando de lado o bom gosto que sempre teve pra dar lugar à comercialização musical que, como sabemos hoje, é quase que um cemitério pra boa música. Eu não quero passar vergonha alheia assistindo ao VMB desse ano, e você?





A MTV quer nos matar de vergonha alheia.
           

         Veja as categorias e os indicados aqui.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Criticando Coloridos


            Quem tem Twitter sabe que hoje tem-se uma guerra entre "coloridos" e aqueles que gostam de rock "de verdade". Várias e várias pessoas xingando muito no Twitter (literalmente) e abominando totalmente a nova moda nacional do rock alegrinho. 
        Mas o que me fez mesmo escrever esse post foi o clipe novo do Strike, uma banda nacional de meio-sucesso. O clipe seria como qualquer outro, se a reportagem não tivesse escrito: "Novo clipe do Strike critica 'coloridos' e 'sertanejo universitário'".
          Não tive escolha a não ser ver o clipe. E não foi ruim. Dirigido por André Vasco e co-dirigido por Marcos Mion, o vídeo é mesmo uma paródia daquele clipe do Blink 182 em que eles aparecem imitando as modinhas da época, o Backstreet Boys e a Britney Spears
           Vejam o clipe e deem seu veredicto.



A Tendência, Strike
 Posso ser triste, emotivo
Alegre ou deprimido
Mudo até você me aceitar
Eu posso ser um nerd assumido
Ou fashion colorido
O que importa é alguém comprar

             A letra da música critica até os emos. Só eu gostei disso tudo?

                Letra Completa
              
               PS: Nem a Lady Gaga ficou de fora.